«A humildade é a base e o fundamento de todas as virtudes e sem ela não há nenhuma que o seja»
Miguel de Cervantes e Saavedra
(Alcalá de Henares, 29 de Setembro de 1547 — Madrid, 23 de Abril de 1616)
Dramaturgo e poeta espanhol
Autor da mais importante obra em castelhano, Dom Quixote de La Mancha
«O bom humor é a única qualidade divina do homem»
Arthur Schopenhauer
(Danzig, 22 de Fevereiro — Frankfurt, 21 de Setembro, 1860)
Filósofo alemão do século XIX — Corrente irracionalista
Johann Wolfgang von Goethe (1749 – 1832)
Novelista, dramaturgo e poeta alemão
(No dia 22 de março de 1832 morre Goethe)
"Em geral, os homens facilmente acreditam no que desejam" .
Caio Júlio César (101 AC-44 AC), líder militar e político romano
(em 15 de Março de 44 A.C é assassinado Júlio César)
Tradução livre
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Fernando Pessoa in "Mar Português"
«O sistema [de educação] prepara as pessoas para trabalhar na fábrica, para a Segunda Vaga.
Ensina-as a respeitar o professor (o patrão) e a chegar a horas à escola (se alguém não está a horas na fábrica, o processo produtivo pára).
O sistema é um desastre.
As crianças devem ser livres na aprendizagem.
Assustei-me numa visita ao Japão quando percebi que os mais pequenos chegavam a casa após mais de 12 horas de estudo nas escolas.
Não lhes resta tempo para mais nada!
Assim não se estimula a criatividade, e esta será um elemento fulcral no futuro.»
Sexta—Feira — 07 de Março de 2008
21h30 — Sede Concelhia de Felgueiras
Debate sobre Temas Políticos Actuais:
SNS - Serviço Nacional de Saúde
e
Situação na Educação
Com a presença do camarada Vitor Franco (Lisboa)
Aparece e traz um amigo também
A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates
Propaganda e Peter Pan
No Parlamento, a 13, e na SIC, a 18, Sócrates falou duma Educação virtual, dum país que não existe senão no imaginário dele. Em qualquer dos locais, o homem cavalgou uma onda autista. Falou do que quis, mas não do que é. Como se estivesse num comício do PS, despejando propaganda sobre os fiéis. Parafraseando Churchill, o êxito dele não é mais que ir de fracasso em fracasso, mantendo o entusiasmo.
A avaliação do desempenho dos professores é a referência mais recente e persistente na demagogia do discurso de Sócrates. Com a arrogância que lhe conhecemos, tem falado dela com a mesma ligeireza com que projectou vivendas sobre estábulos ou prestou provas de licenciatura por fax. Não é verdade que durante 30 anos não tenha havido avaliação de desempenho dos professores, como não se cansa de repetir, ou que os professores não queiram ser avaliados, como insinua. A questão reside na substituição de um modelo de avaliação ineficiente, o que existia, por outro, escabroso, o que propõe, que, se se consumar, trará mais caos ao caótico sistema de ensino. Nenhuma organização séria, seja pública ou privada, propõe mudar seja o que for, neste quadro, sem permitir (e mais que isso, fomentar e promover) o envolvimento dos visados na construção do processo. A avaliação do desempenho só vale a pena, se for concebida como instrumento de gestão do desempenho. Quer isto dizer que o seu fim primeiro é identificar obstáculos ao desenvolvimento das organizações, removendo-os, e não castigar pessoas. Dito doutro modo, as instituições maduras preocupam-se hoje mais com a apropriação por parte dos colaboradores dos valores que, intrinsecamente, geram o sucesso e melhoram o desempenho do que com os instrumentos que, extrinsecamente, o promovem.
Porque o primeiro-ministro não tem tempo para ler esses estudos, quando na SIC deu o exemplo dos Estados Unidos da América, ignorava, por certo, que a introdução, aí, do indicador “resultados obtidos pelos estudantes”, logo fez aparecer professores a treinarem alunos nas técnicas de copiar nos exames. Ou ainda, quando invocou a França, se esqueceu que a avaliação do desempenho dos professores franceses (que mostrou desconhecer) não impediu o descalabro do respectivo sistema educativo. Lá, como cá (ainda não tivemos Lisboa a arder como eles já tiveram Paris), é a desregulamentação da sociedade e a desagregação da escola pública que tornou os menores franceses o grupo mais representativo nos delinquentes cadastrados (quase 20 por cento).
Sem discutir a bondade dos fins, o que afasta qualquer democrata honesto do primeiro-ministro é a teimosia em que este persiste: porque julga que o fim é bom, despreza os meios e os processos, como fazem os ditadores. Uma questão deste melindre e com as implicações sociais que lhes estão associadas, obrigaria sempre a ponderações criteriosas das soluções e à sua testagem antes da aplicação. Não entender isto, compactar tudo em prazos irreais, persistir na defesa das trapalhadas normativas do ministério, mesmo depois de, por quatro vezes, quatro tribunais administrativos distintos aceitarem providências cautelares sobre a matéria, é reagir como um menino grande, que manipula o brinquedo do poder sem qualquer sentido de Estado.
Quando Sócrates fala de números em Educação, já sabemos o que vai dizer, porque repete sempre o mesmo. Na SIC, Nicolau Santos, jornalista familiarizado com estatísticas, deveria tê-lo confrontado com as mais fresquinhas do INE: durante o Governo de Sócrates o desemprego aumentou 6,5 por cento e, dentro deste, o aumento do desemprego dos licenciados ultrapassou os 63 (sessenta e três) por cento. Este sim é o país real. O resto são fantasias de Peter Pan.
Santana Castilho
Professor do ensino superior
«Pior que você querer fazer
e não poder,
é você poder fazer
e não querer.»
Levi Dias de Santana
Bombeiro Brasileiro
«Não cabeu!»
“Do Professor, os jovens não exigem omnisciência.
Sabem que ela é inatingível.
O que eles reclamam é dedicação”
Highet
É de todos conhecida a velha anedota do aluno que tendo errado o respectivo tempo verbal foi, pela professora, obrigado a escrever três dúzias de linhas com o correcto «não coube». Ora acontece que, aquando da correcção do TPC, o aluno apresentou – orgulhoso – uma imaculada e completa página com o «não coube» ocupando as suas trinta e cinco reluzentes linhas. Questionado sobre o porquê de não ter realizado as trinta e seis vezes pretendidas, respondeu, serena e olimpicamente: – “Senhora Professora não o fiz porque não cabeu”!
Pois é. Decididamente uma escola não é uma fábrica de enchidos. E fazer chouriços, perfeitamente calibrados, parece tarefa mais propícia a governantes do que a professores. Era assim a escola do antigamente – repetitiva, amorfa e obediente – sem discernimento nem capacidade crítica. É a escola que, hoje, nos querem impor: subserviente a chefias resultantes de clientelas! Nunca o poder com propensão autoritária conseguiu conviver com o livre arbítrio dos cidadãos. A escola pública de qualidade não poderá, nunca, ser simples depósito de crianças e de adolescentes nem fábrica de «sucesso escolar» estatístico.
É evidente que os professores deste país foram as cobaias de um ataque aos direitos laborais, segundo uma receita de efeitos garantidos: uma campanha inicial de difamação orquestrada com a cumplicidade de uma comunicação social subserviente, que visou justificar, no plano retórico e propagandístico, a redução sistemática de direitos no plano jurídico.
Esta tentativa de «domesticação» levou o governo a aprovar um novo modelo de gestão escolar que se traduz pela redução ainda maior da democracia nos estabelecimentos de ensino, pela diminuição drástica da influência dos professores, atirados para uma posição subalterna nos órgãos directivos, pela sua subordinação a instâncias externas, muitas vezes movidas por interesses opostos ao rigor e à exigência do processo educativo. Os professores são o campo de ensaio de um governo que tem a intenção de suprimir as nomeações definitivas para a grande maioria dos funcionários públicos.
Como nos parece que o exemplo não é a melhor forma de educar, mas a ÚNICA, a Escola portuguesa encontra-se, assim, num dilema. De um lado a publicitação dos grandes princípios, do outro, as práticas que – sistematicamente – os contrariam e anulam.
Como podem a escola e os seus membros promover, a tolerância, a igualdade, a solidariedade, a inclusão, as liberdades, enfim, a prática efectiva da democracia quando, na sua orgânica, se substituem órgãos efectivamente eleitos de entre os seus pares pela nomeação unipessoal baseada em critérios de confiança pessoal, política e/ou outras?
São esses os valores a inculcar nos jovens? Também o caranguejo manda os filhos caminhar em frente quando faz exactamente o inverso!
Com o devido respeito pela actividade, deve salientar-se – por muito que isso custe a muito boa gente – que uma escola não é uma tasca e não se gere com contas de merceeiro.
Felgueiras
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