Fiz Greve
J Santos Pinho
No dia da greve geral, a caminho da escola, passei pelo hipermercado, esse compêndio do consumismo desenfreado, e recordo que paradoxalmente, ali, comprei arroz e leite para o Banco Alimentar contra a Fome. Soube mais tarde, pela televisão, que o Banco Alimentar dá de comer a 210 mil portugueses. É inacreditável que tenha de ser a caridade pública a sustentar os problemas da pobreza que o Estado não só não resolve como, até, parece favorecer quando privilegia o grande capital pela via da exploração das e nas grandes superfícies.
As greves têm as suas vantagens: aproveita-se a ocasião para conversar, reflectir, trocar experiências que muitas vezes não são possíveis na labuta quotidiana. Esta serviu-me, particularmente, para concertar algumas estratégias específicas para despertar nos alunos a sensibilidade para a Arte, para que pensem pela própria cabeça, para que alarguem os seus horizontes. Ensiná-los a não serem uns zombies, uns amorfos, uns paus-mandados, atirados para as novelas, a massa do futebol, para a cristalização da estupidez.
Recentemente dizia a senhora ministra da educação que os jovens têm dificuldades especiais em compreenderem a nossa História Contemporânea (ignorando olimpicamente que a estão a apagar dos currículos) como se em nada contribuísse para isso! Ouve-se e pasma-se! Sem História não há futuro. Sem o conhecimento do passado e a reflexão sobre as suas implicações no presente, que futuro queremos construir?
A História é uma disciplina com grande potencial formativo. Para além dos saberes, prepara o futuro das gerações para o exercício de uma cidadania democrática e responsável, assente numa sólida identificação inclusiva. O conhecimento da História, e das competências que propicia, permite lidar com informação plural e controversa num mundo globalizado.
Ao redigir estas linhas ocorre-me a questão que o pensador José Gil, tão oportunamente, coloca no nº 743 da revista Visão: «O que fez o poder socialista para promover a democracia, desenvolver a cidadania, incentivar a liberdade?
É o drama paradoxal do governo socrático: proclamar grandes princípios e praticar, sistematicamente, o seu inverso.
Como José Gil, questiono-me sobre a política autoritária do actual governo. Julgando compensar a falta de autoridade natural com o recrudescimento do autoritarismo, o governo, promove nos sectores públicos uma cultura de coacção (identificação ilegal dos funcionários que fazem greve, por exemplo) e um servilismo bajulador. O poder instituído assemelha-se, na sua acção, ao antigo regime: «o poder não se discute – exerce-se»!
Pretender-se-á, assim, restaurar o modelo salazarista, e salazarento, da obediência cega ao chefe, assente num modelo de comportamento que, face ao poder político, só conhece o servilismo, a obediência passiva, a submissão e o medo?!
Também por tudo isto, exerci um direito de cidadania: - fiz greve.
O número de trabalhadores precários cresceu 12,5% em relação a 2006, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Os dados são divulgados hoje pelo Diário de Notícias, e revelam que no final do primeiro trimestre deste ano existiam 835 mil pessoas contratadas a prazo, "a recibos verdes" ou em regime de trabalho sazonal ou pontual, mais 93 mil do que no mesmo período do ano passado. |
Em Lisboa e no Porto a Rede G8 junta-se ao protesto global do dia 8 de Junho, Dia Internacional pela Justiça Climática. No último dia da reunião do G8 na Alemanha, vários locais do Mundo vão reclamar justiça climática contra as políticas do países mais ricos do Planeta.
No Porto:
O que vamos fazer?
Vamos simular um mercado de direitos de emissão («Outlet do Carbono») onde haverá figurantes a representar cada um dos líderes do G8 a tentar comprar direitos a outros países, ou seja, a «oferecer» gases de efeito de estufa (simbolizados por balões negros «negociados» com quem vai a passar na rua...). Denunciar-se-á localmente um dos aspectos que mais gravemente está a contribuir para esta situação na zona do Porto : o abuso e favorecimento do automóvel privado a par com o desprezo e crescente mau trato dado aos transportes colectivos e aos seus utentes.
Onde o vamos fazer?
Entre o Castelo do Queijo e a marginal de Matosinhos.
Quando?
dia 8, claro, sexta-feira, a partir das 15.00h
Para colaborares e para mais informações contacta: rede-g8-porto@pegada.net
936333332
966060499
919053035
Entre a Rua Augusta e a Av. da Liberdade teremos várias acções, de performance ou instalação de rua:
Por exemplo, na Rua Augusta, a partir das 18 horas, vamos ter uma batalha pela justiça climática contra os líderes do G8: um mapa mundo em que todas as pessoas impedem que o G8 encha o Mundo de gases poluentes, emissões que afectam sobretudo os países do hemisfério Sul. Salvar o clima com justiça social contra a poluição dos mais ricos!
Mas teremos muito mais...
Não faltes! Pticipa e passa palavra!
Para colaborares e para mais informações contacta: justica.climatica@gmail.com
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