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Mal-estar
A França do nosso contentamento dá, de novo, notícias de explosão e convulsão social. Na pátria da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade estão a ocorrer sintomas de um mal-estar que dificilmente deixará de alastrar aos países vizinhos.
Não é nada que os observadores mais atentos das questões sociais não tivessem previsto antecipadamente e só aos mais desatentos terão passado incólumes os avisos, então, formulados.
Como já não bastasse, por si só, o problema do terrorismo (também muito mal enfrentado, diga-se em abono da verdade) tem a Europa, agora, os problemas sociais decorrentes do falhanço das políticas económicas neoliberais que agravam as políticas da não integração da mão-de-obra que necessita.
Decididamente os políticos europeus não entenderam a mensagem que as suas populações lhe quiseram transmitir aquando do chumbo do tratado constitucional. Mais grave, se entenderam, ignoraram-na!
Os incidentes em Paris, que alastram a todo o país, dão razão aos que sustentam que é preciso ver muito além dos equilíbrios orçamentais. As pessoas não são meros números contabilísticos que se apagam quando não necessários, elas terão, sempre, de ser a prioridade das prioridades. Os países não se gerem como as mercearias.
O desemprego, a exclusão social, a marginalização e a especulação financeira continuam a ser flagelos sem uma resposta cabal da parte dos governos sejam eles de esquerda ou de direita. Na maioria dos países existe um «regime político rotativista» incapaz de se renovar autista e obcecado pela concentração de capital a que tudo e todos se devem submeter. É a dita civilização ocidental que ameaça colapso.
A distância entre ricos e pobres é cada vez mais abismal! Os governos fazem das suas práticas exercícios orçamentais barrocos, preocupam-se exclusivamente com o equilíbrio das contas públicas e cortam, cegamente, nas políticas sociais.
Villepin (primeiro ministro francês) esquece que «os jovens em ruptura social» são cidadãos franceses. Muitos deles filhos de pais imigrantes, é certo, mas fundamentalmente, filhos do gueto, da discriminação económica, social, étnica e cultural. A falta de perspectivas de futuro, a descrença na capacidade da sociedade se regenerar, aliadas a políticas sociais de «avestruz», não permitem vislumbrar um futuro promissor.
A miséria e a exclusão impedem o desenvolvimento económico, minam a paz social e comprometem a ordem pública. Os problemas das comunidades de imigrantes não são tratados com seriedade e humanidade e o efeito de «panela de pressão» vai-se acentuando. O problema francês terá de ser encarado, pelos outros países, como um caso a analisar com rigor e do qual se extraiam ensinamentos futuros.
J. Santos Pinho, Semanário de Felgueiras, 18.XI-2005
Frida Kahlo.
Autorretrato con Chango, 1945.
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