Intervenção final do Candidato à Câmara Municipal
NO CAFÉ JARDIM...
J. SANTOS PINHO - CANDIDATO À CÂMARA MUNICIPAL
O LÍDER DA BANCADA PARLAMENTAR DO BLOCO DE ESQUERDA NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
LUÍS FAZENDA ENTRE OS CANDIDATOS À CÂMARA E À ASSEMBLEIA
Política e políticos
É hoje vulgar constatar que a maior parte das pessoas não vê com bons olhos os políticos e, por arrastamento, a actividade política. Ignoram até que a política é uma área académica que pode e deve ser estudada!
Não é fácil ao comum dos mortais destrinçar entre aqueles que estão na política para concorrer a cargos electivos e os outros que não têm essa pretensão, que nela estão por vocação. Para a maior parte das pessoas estar na política significa vida fácil, eventos sociais, jogos de poder.
É óbvio que há na política um lado deslumbrante: a exposição nos mass media, os compromissos públicos, os assuntos que fazem desenvolver relações sociais, são situações que centram as atenções dos políticos eleitos ou por eleger. Mas também se criaram mitos que urge desmistificar. Desde logo que a política é uma perversa teia de traições, relações sociais espúrias, dinheiros e poderes pouco ou nada claros. Não podemos afirmar que não existem casos mas estamos convencidos que quando acontecem são a excepção e não a regra.
Cremos mesmo que o dia a dia dos políticos na República não foge muito à rotina quotidiana das pessoas normais. Muitas das estórias, muitas vezes deturpadas outras vezes exageradas, fazem do universo do cargo público electivo um grande mar de ilusões em que naufragam muitos incautos.
Ouvimos muitas vezes o termo «palaciano» para significar um modo concreto de acção política. Trata-se de uma reminiscência da antiga realeza que entendia a actividade política como um grande desfile pelos palácios que representava a omnipotência do poder.
Parece que é assim que se conhecem muitos políticos. Entre o árduo trabalho público e a vida palaciana, muitos optam por esta última. Adoram a prática de circular pelas altas rodas sociais e desfrutam dos louros que o acesso ao poder sempre proporciona: festas, adulações servis, futilidades, exibicionismos, conluios, desenvolvendo, assim, personalidades egocêntricas. O problema é que a vida palaciana para além de corroer o carácter faz perder o verdadeiro sentido da política. Ora, a boa política visa assegurar a simetria entre os poderes, diminuir o peso das personalidades, instituir direitos e exigir a responsabilidade dos executivos. O poder não deve ser exercido para si, mas em benefício da sociedade. E são poucos os que vêem na política uma forma de colaborar com a justiça social, o bem público, a boa governação. Política como vocação é uma raridade cada vez mais exígua nos dias de hoje.
A arte da política é a arte da boa governação, de dar ao poder um sentido social e universal: estender a todos os membros da sociedade as conquistas sociais, científicas e económicas. No mundo contemporâneo, o político deveria ser entendido como um profissional ético e cumpridor das leis.
J. Santos Pinho
Emiliano Zapata,
ca. 1915
50 x 61 cm
Felgueiras
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