O Marxismo está vivo e actuante
A análise sociológica marxista é perene e nunca esteve tão actualizada como nos dias de hoje. O pensamento de Marx nunca esteve tão presente.
As crises do mundo contemporâneo estão aí para o comprovar. A globalização económica e a acumulação de capital sem limites já não servem, nem nunca serviram, como princípio organizador da vida social.
O capitalismo atingiu o seu auge, e como bem dizia Hegel, quando um sistema atinge o seu máximo desenvolvimento, quando as suas potencialidades desabrocham plenamente, é o momento que antecede o seu esgotamento e a sua superação.
Está assim lançado o desafio do século XXI: reler Marx.
Marx nunca deixou de ser um filósofo, mesmo quando fez a crítica sociológica da economia política (realizada no século XIX). Defendia que a capacidade criadora da humanidade e o seu desenvolvimento técnico deveriam ser postos ao serviço da liberdade (com a abolição do trabalho físico, mecânico, cansativo, alienado) e da destruição do desemprego e da guerra.
Não foi político. Admiradores e detractores apoderaram-se do seu pensamento conforme as suas conveniências e as suas intenções, mas a ninguém passou incógnito!
Com o início dos descobrimentos portugueses dos séculos XV e XVI dá-se a criação de um sistema-mundo. Os europeus contactaram, incorporaram, dominaram e exploraram novos povos e novas áreas geográficas, com o pretexto de expandir a civilização. A difusão do cristianismo foi um bom meio de justificação da aceitação da supremacia europeia de então.
Mas toda a história da civilização europeia ocidental tem sido - e continua a ser - a da exploração do homem pelo homem, de uns estados pelos outros, pela subjugação de continentes no todo ou em parte. A homogeneização do mundo pelo modelo ocidental (que considera arcaicas todas as outras formas civilizacionais) é hoje um dos principais perigos para a paz mundial no sentido em que exarceba ódios por parte de quem se lhe não assemelha ou mesmo não a aceita.
O que Marx profetizou com maior precisão é o que a hoje assistimos e que o brasileiro César Benjamim descreve com precisão: «produz-se por dinheiro, especula-se por dinheiro, mata-se por dinheiro, corrompe-se por dinheiro, organiza-se toda a vida social por dinheiro, só se pensa em dinheiro. Presta-se culto ao dinheiro, o verdadeiro deus da nossa época - um deus indiferente aos homens, inimigo da arte, da cultura, da solidariedade, da ética, da vida do espírito, do amor. Um deus que se tornou imensamente mediocrizante e destrutivo. E que é insaciável: a acumulação de riqueza abstracta é, por definição, um processo sem limites.»
E porque há outras formas de organizar as sociedades, porque há políticas que são sérias e têm a noção do bem comum, do bem-estar social; para quem as pessoas não são meros números e cifrões. Porque há pessoas sérias que se dedicam à política e visam alcançar esses fins, que o Natal traga a todos aquilo que mais necessitam.
J. Santos Pinho
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