Mário Soares
Ser de esquerda, na Europa
NO ÚLTIMO NÚMERO de Le Nouvel Observateur perguntava-se, a propósito de um livro de Bernard-Henry Lévy:
«Como ser ainda de Esquerda» E adiante: «As clivagens (ideológicas) fazem ainda sentido?»
Atrevo-me a responder: fazem mais do que nunca sentido.
Ser de Esquerda hoje, a meu ver, para um europeu, não é só ter um passado coerente, antifascista, anticolonialista, a favor dos Direitos Humanos e da igualdade entre homens e mulheres;
é ser a favor de uma democracia económica e social (e não de uma «democracia liberal»);
lutar contra as desigualdades sociais;
ser a favor de uma Europa Política e Social, capaz de ser solidária com todas as outras Regiões do Mundo onde se sofre;
e
a favor das grandes causas da defesa do Ambiente,
dos Direitos Humanos
e
da igualdade todos os seres humanos, independentemente do sexo, opção sexual, raça, religião ou condição social;
é ser pelo primado da política sobre a economia,
da ética, contra a mistura explosiva do negocismo e da política;
é ser tolerante e aceitar o outro, como diferente de nós,
partidário do multiculturalismo e da laicidade, ou seja, a favor da separação do Estado e das Igrejas;
a favor de um sistema capaz de corrigir as desigualdades, de um Estado de Direito,
interveniente, mormente no campo da saúde,
da justiça, do ensino,
do conhecimento
e do aproveitamento dos melhores.
Será pouco, como diferença?
In Visão, nº 762 de 11 de Outubro de 2007
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