Pessoas, Cifras ou Rubricas?
Na hora em que escrevemos está a chegar ao fim o debate parlamentar sobre o Orçamento Geral do Estado. Assistimos, na medida em que nos é possível, à tentativa sempre conseguida (abençoadas maiorias) de imposição daquilo a que já convencionou chamar-se modelo económico único. O Centrão que nos (des)governa tenta convencer os pagadores de impostos da inevitabilidade do retorno à exploração do trabalho pelo grande capital sem pátria ou alma. Convencidas as massas mais facilmente serão domesticadas e mantidas na passividade que resulta da ignorância dos factos. É mais fácil enganar as pessoas que confiam do que aquelas que pensam por si próprias e duvidam.
Pobre orçamento onde a educação, a formação, a assistência e a saúde (preventiva, particularmente esta) são consideradas despesas a abater e não investimentos no futuro e bem-estar das populações. Pobres cidadãos governados por impúdicos socialistas que – renegando a sua origem – farisaicamente batem no peito mas que apenas favorecem o capital (banca e seguros à cabeça). Como vão longe os tempos em que havia mais vida para além do orçamento… E o cidadão volta à condição de simples cifra em humilde rubrica!
A globalização económica foi feita para as empresas. Os estados limitam-se a privatizar o que é público, a abrir fronteiras e a fazer leis em benefício dos grandes empresários. O Estado é o mediador entre os povos e os poderosos em favor destes últimos. “Competitividade” e “flexibilização” não passam de eufemismos para reforçar os lucros dos poderosos e despedir, de forma barata, os mais desfavorecidos. Este Estado só tem autonomia enquanto dispositivo de protecção dos ricos. Há outros modelos de desenvolvimento económico. A fatalidade da ausência de modelos de desenvolvimento alternativos é a mentira mais abjecta de quem se proclama socialista.
Quando os cidadãos se questionarem sobre a utilidade dos impostos que pagam – dada a privatização de todos os serviços – teremos revoltas sociais? Só os ricos compreenderão as leis e a política fiscal deste governo!
Quando, anestesiados pela comunicação social e respectivos fazedores de opinião (pagos a peso de ouro), deixamos de questionar tudo o que se passa à nossa volta e aceitamos como válidos os valores que nos impõem, perdemos em cidadania e ganham os estados em passividade e submissão dos cidadãos e enriquecem assim, alarvemente, os grandes capitalistas.
Quando deixamos de questionar tudo o que se passa à nossa volta e aceitamos como válidos os valores que nos impõem perdemos em cidadania e ganham os estados em passividade e submissão dos cidadãos.
Joaquim Santos Pinho
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